Resíduos hospitalares: como descartar da forma correta?

Aprenda como descartar resíduos hospitalares corretamente, garantindo segurança, saúde e conformidade com normas sanitárias. Confira as melhores práticas!
Um cesto de lixo com máscaras descartáveis, representando os resíduos hospitalares.

A gestão hospitalar envolve uma série de responsabilidades, e uma das mais importantes é o descarte adequado dos resíduos hospitalares. Além de garantir a segurança de profissionais de saúde e pacientes, o manejo correto desse tipo de lixo é essencial para minimizar os impactos ambientais. 

Por isso, a seguir, você entenderá o que são os resíduos hospitalares e como eles devem ser descartados de forma segura e eficiente, conforme as normas da ANVISA.

O que são os resíduos hospitalares?

Resíduos hospitalares são todos os materiais descartados por instituições de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios, que podem representar risco à saúde humana e ao meio ambiente. 

Eles incluem itens como agulhas, seringas, luvas, resíduos biológicos e até medicamentos vencidos. E o manejo incorreto desses resíduos pode causar contaminações e a propagação de doenças, além de poluir o meio ambiente.

Quais as regras da ANVISA para o descarte?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece regras para o descarte de resíduos hospitalares. 

Segundo a Resolução RDC n.º 222/2018, as instituições de saúde são obrigadas a seguir um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), que determina as etapas de:

  • segregação;
  • acondicionamento;
  • transporte interno e externo;
  • tratamento; e
  • disposição final dos resíduos. 

Esse plano é essencial para garantir que todos os materiais descartados sejam devidamente tratados, prevenindo riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Como é classificado o lixo hospitalar?

Os resíduos hospitalares são classificados em cinco grupos principais:

  • Grupo A (Infectantes): resíduos com presença de agentes biológicos que oferecem risco de infecção, como luvas contaminadas, gazes e instrumentos cirúrgicos;
  • Grupo B (Químicos): materiais que contêm substâncias químicas perigosas, como medicamentos vencidos, reagentes de laboratório e materiais de limpeza;
  • Grupo C (Radioativos): resíduos que contêm elementos radioativos, geralmente provenientes de tratamentos de radioterapia ou exames de imagem;
  • Grupo D (Comuns): resíduos não perigosos, como papéis, plásticos e embalagens, que não entram em contato com materiais biológicos ou químicos.
  • Grupo E (Perfurocortantes): objetos que podem perfurar ou cortar, como agulhas, bisturis e lâminas.

Cada grupo exige um tratamento específico e deve ser descartado conforme as normas de biossegurança.

Como realizar uma boa gestão de resíduos hospitalares?

A gestão eficiente de resíduos hospitalares começa com a segregação adequada dos materiais logo após o uso, ainda nas áreas onde os procedimentos são realizados. Para isso, é fundamental que todos os funcionários da instituição de saúde sejam treinados quanto à separação correta dos resíduos, de acordo com sua classificação. 

Outro ponto importante é o acondicionamento dos materiais em recipientes adequados, que evitem vazamentos e acidentes.

Além disso, o transporte interno deve ser realizado de forma segura, com carrinhos ou equipamentos específicos para cada tipo de resíduo

O PGRSS deve prever também o tratamento adequado, como a incineração, a autoclavação ou outros métodos autorizados pela legislação, antes da disposição final em aterros sanitários licenciados.

Quais as preocupações do descarte dos resíduos hospitalares com o meio ambiente?

O descarte incorreto de resíduos hospitalares pode gerar sérios impactos ao meio ambiente, contaminando o solo, a água e o ar. 

Produtos químicos perigosos podem infiltrar-se no solo e atingir lençóis freáticos, enquanto resíduos biológicos mal descartados podem propagar doenças em seres humanos e animais. Além disso, a queima inadequada de resíduos pode liberar gases tóxicos na atmosfera, agravando a poluição do ar.

Assim, o manejo correto desses resíduos é essencial para garantir que eles não prejudiquem o meio ambiente. O tratamento adequado, como a incineração em altas temperaturas e a esterilização por autoclaves, minimiza os riscos de contaminação, reduzindo os danos ao ecossistema.

Como realizar o descarte do lixo hospitalar de forma correta?

Para realizar o descarte do lixo hospitalar corretamente, é necessário seguir as etapas descritas no PGRSS. Primeiramente, os resíduos devem ser separados de acordo com sua classificação e acondicionados em embalagens apropriadas, como sacos resistentes para os resíduos infectantes e caixas de segurança para os perfurocortantes.

O transporte deve ser realizado por empresas especializadas e licenciadas pela ANVISA, que garantirão que o lixo hospitalar seja levado para locais de tratamento adequados. O tratamento pode variar conforme o tipo de resíduo, mas os métodos mais comuns são a incineração, a autoclavagem e a desativação química.

Por fim, a destinação final do lixo hospitalar deve ocorrer em aterros sanitários licenciados, que têm áreas específicas para esse tipo de resíduo. A fiscalização desse processo é responsabilidade das autoridades ambientais, que garantem que o manejo esteja sendo realizado conforme as normas de biossegurança.

E se você quer saber mais sobre descarte de resíduos e outros assuntos relacionados à gestão hospitalar, acesse o blog da Hospitalar Distribuidora e fique por dentro das melhores práticas do setor.

Em resumo

O que são resíduos hospitalares?

Resíduos hospitalares são todos os materiais descartados por instituições de saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios, que podem representar risco à saúde humana e ao meio ambiente. Incluem itens como agulhas, seringas, luvas, resíduos biológicos e até medicamentos vencidos.

Como é classificado o lixo hospitalar?

O lixo hospitalar é classificado da seguinte maneira:

  • Grupo A (Infectantes): resíduos com presença de agentes biológicos que oferecem risco de infecção, como luvas contaminadas, gazes e instrumentos cirúrgicos;
  • Grupo B (Químicos): materiais que contêm substâncias químicas perigosas, como medicamentos vencidos, reagentes de laboratório e materiais de limpeza;
  • Grupo C (Radioativos): resíduos que contêm elementos radioativos, geralmente provenientes de tratamentos de radioterapia ou exames de imagem;
  • Grupo D (Comuns): resíduos não perigosos, como papéis, plásticos e embalagens, que não entram em contato com materiais biológicos ou químicos.
  • Grupo E (Perfurocortantes): objetos que podem perfurar ou cortar, como agulhas, bisturis e lâminas.

Quais as regras da ANVISA para o descarte de resíduos hospitalares?

A Resolução RDC n.º 222/2018 da ANVISA prevê que as instituições de saúde são obrigadas a seguir um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), que determina as etapas de:

  • segregação;
  • acondicionamento;
  • transporte interno e externo;
  • tratamento; e
  • disposição final dos resíduos. 

O intuito é garantir que todos os materiais descartados sejam devidamente tratados, prevenindo riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Crédito da imagem: Freepik.

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