Classificação de medicamentos: entenda quais são elas e suas funções

Entenda como é feita a classificação dos medicamentos e como ela impacta a gestão de farmácias e clínicas.
Um farmacêutico fazendo a classificação dos medicamentos.

Entender a classificação dos medicamentos é essencial, especialmente para profissionais da área de saúde, como médicos, farmacêuticos e gestores de clínicas. A correta categorização auxilia no tratamento adequado dos pacientes, na prescrição correta e na gestão eficiente de farmácias e clínicas. 

É importante para garantir que os profissionais sigam as melhores práticas ao lidar com diferentes tipos de medicamentos, a fim de evitar erros que possam comprometer a saúde dos pacientes.

Neste artigo, vamos explorar as principais classificações dos medicamentos, como elas são feitas e a importância desse conhecimento para o dia a dia de quem trabalha na área da saúde. Continue a leitura e descubra mais.

O que são os medicamentos?

Os medicamentos são substâncias ou combinações de substâncias produzidas para tratar, prevenir ou diagnosticar doenças, além de modificar funções fisiológicas para beneficiar a saúde humana. 

Eles podem ser administrados de diversas formas, como comprimidos, cápsulas, injeções ou cremes. O uso adequado e seguro de medicamentos é fundamental para promover a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Por que os medicamentos são classificados? 

Os medicamentos são classificados para garantir um uso seguro e eficaz, bem como minimizar riscos. Isso pois a classificação ajuda a

  • determinar para quem o medicamento é adequado; 
  • evitar interações prejudiciais; 
  • prevenir toxicidade; 
  • selecionar opções com menor risco de resistência; 
  • identificar substâncias com potencial de dependência.

Desse modo, a classificação de medicamentos ocorre, principalmente, para garantir a eficiência no tratamento e prevenir a toxicidade da substância no corpo. 

Por exemplo, há perigo em tomar dois medicamentos da mesma classe simultaneamente como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) já que podem causar toxicidade ao bloquear a enzima ciclooxigenase (COX) de forma excessiva. Essa ação pode resultar em efeitos colaterais graves como aumento do risco de úlceras gástricas, irritação e sangramento no estômago e intestino, problemas renais entre outros. 

Quais as categorias de medicamentos? 

Os medicamentos são divididos em duas grandes categorias: com prescrição e sem prescrição. Essa distinção é baseada na necessidade de acompanhamento médico ou não para o seu uso.

Os medicamentos com prescrição só podem ser adquiridos com receita médica. Normalmente, são indicados para tratar doenças mais graves ou condições crônicas que exigem supervisão médica contínua, como antibióticos e medicamentos controlados.

Já os medicamentos sem prescrição (MIPs), conhecidos como Medicamentos Isentos de Prescrição, são usados para tratar problemas de saúde mais simples, como dor de cabeça, febre ou resfriados. Podem ser comprados diretamente em farmácias sem a necessidade de receita médica — mas é importante seguir as orientações de uso.

Além disso, de acordo com as especificações exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existe ainda a classificação de medicamentos sem retenção de receita e com retenção de receita. 

Para o caso de retenção da receita médica, os medicamentos possuem embalagens com tarja vermelha. Já aqueles com retenção da receita podem conter tanto uma tarja vermelha como a tarja preta e possuem a indicação para a necessidade de entregar a receita na hora da compra.  

Quais são as classificações dos medicamentos?

Além da divisão entre medicamentos com ou sem prescrição, há outras classificações importantes que ajudam a organizar conforme seu mecanismo de ação ou estrutura química  e formas de uso. Abaixo, vamos explorar algumas delas.

Medicamento de referência

O medicamento de referência é o produto original que passou por testes clínicos rigorosos para comprovar sua eficácia e segurança antes de ser comercializado. Ele serve como padrão para comparar outros medicamentos que contenham a mesma substância ativa e é utilizado no processo de desenvolvimento e aprovação de medicamentos genéricos e similares.. 

Ainda, os medicamentos de referência são frequentemente associados a marcas conhecidas e amplamente divulgados pela indústria farmacêutica. Exemplo: Aspirina® (ácido acetilsalicílico).

Medicamento genérico

O medicamento genérico tem a mesma substância ativa e eficácia do medicamento de referência, porém é vendido sem marca. Ele é amplamente utilizado por ser mais acessível e garantir o mesmo efeito terapêutico. 

Fabricado por empresas diferentes daquelas que desenvolveram o medicamento original, os medicamentos genéricos devem comprovar sua bioequivalência. Isso significa que eles devem apresentar a mesma taxa e extensão de absorção da substância ativa quando administrados nas mesmas condições.

Também passam por rigorosos testes de qualidade e são regulados pelas agências de saúde para garantir segurança, eficácia e qualidade. Exemplo: Ibuprofeno genérico.

Medicamento similar

Os medicamentos similares são aqueles que têm a mesma substância ativa do medicamento de referência, mas podem variar em características como excipientes, forma farmacêutica, tamanho ou embalagem, mas sempre conforme permitido pela legislação nacional. 

Para ser comercializado, precisa demonstrar equivalência terapêutica em testes de bioequivalência. Exemplo: Novalgina similar.

Medicamento fitoterápico

Os medicamentos fitoterápicos são aqueles obtidos a partir de plantas medicinais, ou seja, são elaborados a partir de partes como folhas, cascas, sementes e raízes. Eles são amplamente  utilizados para tratar e prevenir diversas condições de saúde de forma natural. 

Esses medicamentos são regulamentados pela Anvisa e diferem-se dos sintéticos pela origem natural, que pode apresentar um risco menor de efeitos colaterais. Exemplo: Extrato de Alcachofra.

Medicamento manipulado

Os medicamentos manipulados são preparados de forma personalizada em farmácias de manipulação, seguindo a prescrição de um profissional de saúde. 

Eles são indicados quando o paciente necessita de dosagens específicas ou combinações que não são encontradas nos medicamentos industrializados. 

Por serem produzidos em pequena escala, esses medicamentos não passam pelos mesmos testes de bioequivalência exigidos para os industrializados, mas devem seguir normas rigorosas de qualidade estabelecidas pelos órgãos reguladores. Exemplo: Cápsulas manipuladas de vitamina D.

Medicamento biológico

Os medicamentos biológicos são produzidos a partir de organismos vivos, como células e tecidos e são utilizados para tratar doenças complexas, como câncer e doenças autoimunes. Eles têm um alto grau de especificidade e são mais caros devido à complexidade de sua produção. 

Além disso, cada lote pode apresentar pequenas variações devido à natureza dos processos biológicos envolvidos. Exemplo: Herceptin® (trastuzumabe).

Medicamento biossimilar

Os medicamentos biossimilares são versões dos biológicos produzidos após o vencimento da patente do produto original. Assim como os genéricos, os biossimilares têm a mesma eficácia e segurança que o medicamento biológico de referência, porém a um custo reduzido. 

Para serem aprovados, os medicamentos biossimilares passam por rigorosos estudos comparativos para comprovar sua equivalência terapêutica ao biológico de referência. Exemplo: Zarxio® (filgrastim biossimilar).

Qual a importância da classificação de medicamentos  para a gestão de farmácias e clínicas?

A classificação dos medicamentos é fundamental para a gestão eficiente de farmácias e clínicas. Com ela, os gestores conseguem organizar o estoque de maneira otimizada, a fim de evitar a falta de produtos essenciais ou o acúmulo de medicamentos que não são utilizados com frequência. 

Além disso, auxilia na organização dos produtos nas prateleiras, o que facilita o acesso pelos profissionais que fazem a dispensação.

No processo de prescrição e dispensação de medicamentos, a categorização ajuda os farmacêuticos a oferecer as melhores opções para os pacientes, respeitando sempre as orientações médicas. 

A distinção entre medicamentos de referência, genéricos e similares, por exemplo, permite que o farmacêutico recomende alternativas mais acessíveis sem comprometer a eficácia do tratamento.

Onde comprar medicamentos de qualidade para sua clínica ou farmácia?

Garantir a qualidade dos medicamentos é uma prioridade para qualquer profissional de saúde e,  para isso, contar com um fornecedor confiável faz toda a diferença. 

A Hospitalar Distribuidora se destaca como uma das melhores opções no mercado, oferecendo uma ampla variedade de medicamentos e produtos hospitalares. Com mais de 20 anos de atuação, a empresa é reconhecida pela eficiência nas entregas e pela qualidade de seus produtos.

Na Hospitalar Distribuidora, você encontra tudo o que precisa para a sua clínica ou farmácia, com a garantia de procedência e conformidade com as normas sanitárias. Para mais informações sobre os produtos e serviços oferecidos, acesse nosso site e descubra como essa parceria pode elevar a qualidade do atendimento em seu estabelecimento.

Resumindo

O que são medicamentos?

Os medicamentos são substâncias ou combinações de substâncias produzidas para tratar, prevenir ou diagnosticar doenças, além de modificar funções fisiológicas para beneficiar a saúde humana. 

Quais são as categorias dos medicamentos?

Os medicamentos podem ser divididos em duas grandes categorias: com prescrição e sem prescrição. Essa distinção é baseada na necessidade de acompanhamento médico ou não para o seu uso.

Como os medicamentos são categorizados?

Esta é a categorização de medicamentos:

  • medicamento de referência;
  • medicamento genérico;
  • medicamento similar;
  • medicamento fitoterápico;
  • medicamento manipulado;
  • medicamento biológico;
  • medicamento biossimilar.

Crédito da imagem: Freepik.

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